domingo, 6 de maio de 2012

Jovens já são 20% dos AA.

Em cada grupo de 25 a 30 pessoas de Alcoólicos Anônimos, pelo menos cinco são jovens.

O número de jovens alcoólatras, entre 18 e 24 anos, vem aumentando drasticamente em Porto Alegre. A cada grupo de 25 a 30 pessoas frequentadoras dos encontros de Alcoólicos Anônimos, pelo menos cinco são jovens em busca de ajuda, o equivalente a quase 20% dos integrantes.
De acordo o conselheiro da Associação Brasileira de Estudos sobre o Álcool e Outras Drogas, Sérgio de Paula Ramos, uma pesquisa recente revelou que cerca de 90% dos menores de idade afirmaram já terem consumido bebida alcoólica.
“Quando o álcool é ingerido antes dos 13 anos, a chance é dobrada deste cidadão tornar-se um alcoolista”, explicou o psiquiatra. Segundo ele, as propagandas que associam a cerveja com futebol e alegria, e a omissão do poder público quanto ao assunto são os principais fatores que estimulam os jovens.
Para um dos integrantes do Alcoólicos Anônimos, que usa o codinome de Gaspar, a luta contra o álcool começou aos 11 anos. “Logo que entrei no AA assumi a política do grupo: só por hoje eu não vou beber o primeiro trago. Desde então, 18 anos já se passaram na abstinência”, revelou Gaspar.
“Mesmo assim, tenho consciência de que não estou curado, é preciso acompanhar o AA pela vida inteira”, completou.
Alcoólicos Anônimos é um grupo que reúne homens e mulheres para alcançar e manter a sobriedade. Na capital são 40 grupos de AA que atendem em torno de mil alcoólatras em reuniões diárias, realizadas no turno da noite. Para fazer parte do grupo, basta o desejo de parar de beber, sem necessidade de taxas, no telefone (51) 3226- 0618. Familiares de alcoolistas também recebem auxílio em grupos de acolhimento de Al Anon no telefone (51) 3311-6315.
Como perceber?
Beber diariamente qualquer tipo de bebida alcoólica, causar problemas para os outros e não conseguir parar são sinais de que você precisa de ajuda.
Um terço é mulher
Um terço dos frequentadores de AA é do sexo feminino. O número de mulheres consumidoras de álcool tem sido maior que o de homens. De acordo com o psiquiatra Sérgio de Paula Ramos, mulheres consumem mais álcool até mesmo na adolescência. “O corpo feminino não está preparado para uma grande quantidade de álcool, o que enfraquece sua saúde”.

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