O espelho d’água
“Dizem que sobriedade é algo fácil de se conquistar, mas durante um ano eu vi que não é tão fácil assim: somos indivíduos difíceis de lidar, temos altos e baixos, temos subidas e recaídas, mas não acho que recaídas e os baixos sejam algo triste de se lembrar. Devemos a cada dia nos lembra das recaídas, deste altos e baixos, porque são nestes tombos que aprendemos a levantar e manter a cabeça erguida.
No começo assumir que somos fracos é algo muito difícil para dizer para nós mesmos, mas quando encontramos pessoas iguais a nós e pessoas que estão dispostas a nos ajudar a enfrentar tudo que vem pela frente é a hora que a gente vê que podemos tudo: aquilo que parecia impossível se torna possível. Hoje nesta data tão maravilhosa, quero te dizer, minha cara amiga e madrinha, que neste um ano que nos conhecemos foi algo mágico na minha vida que mesmo com nossas brigas, idas e vindas estamos nós no mesmo lugar de sempre. Claro, não queríamos que fosse deste jeito, mas Deus quis assim. Quem sabe não seja para o nosso próprio bem?
Quero te dizer que de todo este tempo tirei uma grande lição: que são pessoas como você e Alessandra (Ramalho, voluntária) que nos fazem olhar para o horizonte e ver que nada está perdido; que na vida sempre a um recomeço e vamos recomeçar de onde nunca pensamos recomeçar.
A palavra “tamujunto” funciona entre nós três.
Quero te parabenizar pelos seus cinco meses de sobriedade porque não é fácil chegar onde você chegou; sei que foi difícil, mas pode ter certeza que está sendo uma grande vitória e tenho certeza porque eu acredito em você e que não serão só cinco meses, nem um ano, nem dez anos, mas sim a vida toda.
Te desejo tudo aquilo que muitos não desejam: a vitória e a felicidade.”
Escrito pela afilhada e residente R.L.G.N.
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