quarta-feira, 30 de maio de 2012

REPORTAGEM DO DIA

               INTERVENÇÃO EM CASA ASILAR É FEITA APÓS OCORRÊNCIA DA PM


Em um dos quartos da instituição, cinco internos dividem o mesmo espaço, o que mostra as condições Sub Humanas
Uma semana depois da decisão do juiz da 1ª Vara Cível, Lúcio Eduardo de Brito, que concedeu liminar, em caráter de urgência urgentíssima, para intervenção imediata do Município de Uberaba e do Estado de Minas Gerais na Associação Cristã de Assistência aos Pobres (Acap), apenas o então diretor Paulo Humberto Pereira Nunes foi afastado. Segundo apurações, os cerca de 78 internos continuam vivendo precariamente. O estoque de comida e de medicamentos está chegando ao fim e há pacientes em crise, agredindo-se uns aos outros.
Ao tomar ciência da situação através de uma enfermeira, a promotora de Defesa em Saúde, Cláudia Alfredo Marques, enviou oficial para inspeção na instituição e convocou reunião emergencial. Esteve na tarde de ontem no Ministério Público o secretário Municipal de Saúde, Valdemar Hial, referência técnica em Saúde Mental do município, Sérgio Henrique Marçal, e do Estado, Yuri Lemos Manssur, o coordenador municipal da Vigilância Sanitária, Maurício de Oliveira, e do Estado, Maria Sandra Bastos Siqueira, e a coordenadora do Creas, Michele Carvalho Santos.
Segundo Valdemar Hial, ficou acertado que ainda ontem a Secretaria de Saúde enviasse equipe de enfermeiros e técnicos para prestarem atendimento imediato, inclusive ministrando medicamentos. A partir desta quarta-feira, deverá ser encaminha outra equipe composta por médicos, inclusive psiquiatras, para os primeiros atendimentos, data em que também será nomeado um interventor para cuidar da administração da instituição e de um responsável técnico, que deverá ser um profissional da saúde.
De acordo com a promotora, ainda na quarta, a Secretaria de Desenvolvimento Social deverá realizar um levantamento de cada interno e suas famílias, para saber a origem de cada um. “Temos notícia de que muitos vieram de fora e vamos tentar encaminhar o maior número de pacientes para a família. As famílias com condição terão de acolher esses pacientes. Também estamos levantando nos Caps a quantidade de vagas nas Casas Dia, onde o paciente recebe atendimento e medicação, realiza terapia ocupacional e volta para casa à noite para dormir. Entendo que vai facilitar o retorno de alguns pacientes às suas famílias”, afirma. As famílias que realizam depósitos em conta a favor de familiares na entidade deverão paralisar o repasse temporariamente e procurar o Ministério Público.

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